sexta-feira, 3 de outubro de 2014

APRENDER A VIVER

" Adquiri, ao longo dos anos, a convicção de que para todo o indivíduo, inclusive para os que não veem como uma vocação, é valioso estudar ao menos um pouco de filosofia, nem que seja por dois motivos bem simples.
O primeiro é que, sem ela, nada podemos compreender do mundo em que vivemos. É uma formação das mais esclarecedoras, mais ainda do que a das ciências históricas. Por quê? simplesmente porque a quase totalidade de nossos pensamentos, de nossas convicções, e também de nossos valores, se inscreve, sem que saibamos, nas grandes visões do mundo já elaboradas e estruturadas ao longo da história das idéias. É indispensável compreende-las para apreender sua lógica, seu alcance e suas implicações...[...]
Além do que ganha em compreensão, conhecimento de si e dos outros por intermédio das grandes obras da tradição, é preciso saber que elas podem simplesmente ajudar a viver melhor mais livremente. [...]
 Aprender a viver, aprender a não temer em vão diferentes faces da morte, ou simplesmente, a superar a banalidade da vida cotidiana, o tédio, o tempo que passa, já era o principal objetivo das escolas da Antiguidade grega. A mensagem delas merece ser ouvida, pois, diferentemente do que acontece na história das ciências, as filosofias do passado ainda nos falam. Eis um ponto importante que por si só merece reflexão.
quando uma teoria científica se revela falsa, quando é refutada por outra visivelmente mais verdadeira, cai em desuso e não interessa a mais ninguém- à exceção de alguns eruditos. As grandes respostas filosóficas dadas desde os primórdios à interrogação sobre como se aprende a viver continuam, ao contrario, presentes. Desse ponto de vista seria preferível comparar a história da filosofia com a das artes, e não com a das ciências: assim como as obras de Braque e Kandinsk não são 'mais belas' do que de Vermeer ou Manet, as reflexões de Kant ou Nietzsche sobre o sentido ou não sentido da vida não são superiores- nem, alias, inferiores- ás de Epiteto, Epicuro ou Buda. Nelas existem proposições de vida, atitudes em face da existência, que continuam a se dirigir a nós atrvés dos séculos e que nada pode tornar obsopletas. As teorias científicas de Ptolomeu ou Descartes estão radicalmente 'ultrapassadas' e não tem outro interesse se não histórico, ao passo que ainda podemos absorver as sabedorias antigas, assim como podemos gostar de umtemplo grego ou de uma caligrafia chinesa, mesmo vivendo em pleno século XXI."

                                                                             FERRY, Luc.Aprender a viver: filosofia para os                                                                                      novos tempos. Rio de Janeiro: objetiva, 2007.p.15-17

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Netiquetas

  Vivemos em um mundo cada vez mais globalizado onde uma ferramenta importantíssima de comunicação é a internet. Cada vez mais nos comunicamos por escrito pelas redes sociais, por e-mail... por este fato devemos ter algumas regras ao nos comunicarmos, estas regras chamamos de netiquetas, são usadas para evitar que sejamos mal compreendidos. 

  Entre elas destaco a educação, pois não é pelo fato de estarmos escrevendo que não devemos ter educação por quem está lendo, não esquecendo que devemos respeitar para ser respeitado.

  Dependendo da conversa, e de com quem você está dialogando, não obriga-se a usar a norma culta, porém devemos observar o mínimo de pontuação, pois ler um texto sem pontuação alguma gera um mal entendimento e um grande desconforto na leitura.

  Evite escrever em letras maiúsculas (caixa alta), pois as mesmas sugerem que a pessoa está gritando. Não envie anúncios ou propagandas se os mesmos não forem solicitados, outra coisa chata de receber é “correntes” ou coisas do tipo. 

  Existem várias outras dicas de netiquetas na internet, porém lembre-se de sempre usar o bom senso.

                                                                                                              Izabela.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A Dependência é uma Doença ou uma Opção?

Um filósofo muito importante afirmou certa vez: "o homem está condenado a ser livre." Ele quis dizer que o homem é naturalmente livre, mas essa liberdade o condena a tomar decisões, fazer escolhas, opções pelo resto da vida. Quanto mais escolhas fazemos e nos responsabilizamos por elas, mais livres seremos. Quando mais culpamos os outros por nossas escolhas erradas, menos autônomos e mais dependentes do outro ficamos. Essa pergunta traz para perto a Filosofia e a Medicina e mostra como a dependência de drogas pode ser objeto dos mais variados campos do conhecimento. Aqueles que decidem consumir uma droga estão fazendo uma opção, uma escolha. É claro que muitos fatores contribuíram para que tal escolha se desse (as angústias da vida, a simples curiosidade, a influência de amigos, a vontade de buscar um jeito novo de divertir...). Mas, a escolha, no final, foi da pessoa. Continuar usando drogas também é uma opção, mas cada vez menos... Isso porque o organismo vai se adaptando à presença da droga. Vai havendo modificações no cérebro. Quando o indivíduo fica sem a droga, passa a se sentir muito mal, desconfortável, irritado, deprimido, ansioso. O dependente acha que o único alívio possível é a continuidade do consumo. Conforme a dependência vai se instalando, a pessoa passa a abrir mão de coisas que antes eram muito importantes para ela. É o momento em que aparecem as brigas e discussões com a família, a piora no desempenho escolar, a venda de objetos para comprar drogas. Tudo passa a girar em torno do consumo de drogas. A partir desse ponto, o indivíduo não consegue mais ficar sem usar drogas. Não há mais OPÇÃO: o indivíduo não escolhe se vai usar drogas ou não. A doença lhe tirou essa liberdade. QUALQUER DOENÇA PSÍQUICA CONSISTE ACIMA DE TUDO NA PERDA DA LIBERDADE DE ESCOLHA. Portanto, a dependência não é uma opção. É uma condição patológica (uma doença) que tira a liberdade do indivíduo de optar! Perceber a presença da doença e se responsabilizar pelo tratamento é o primeiro passo em direção à recuperação. É preciso escolher a mudança e buscar ajuda para efetivá-la. Não resolve olhar o passado para achar um culpado. Deve-se pensar no futuro! Não existem culpados pela situação. Mas pode haver pessoas comprometidas com o processo de cura (o próprio dependente, sua família, os amigos, os profissionais da saúde). Afinal, se temos que estar condenados a alguma coisa nesse mundo, que seja apenas à liberdade! Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas) / NEAD - Núcleo Einstein de Álcool e Drogas do Hospital Israelita Albert Einstein